Caso Auriscléia: pastor suspeito de matar a mulher a golpes de facão é visto em lanchonete no interior do AC
12/06/2025
(Foto: Reprodução) Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, que é pastor evangélico, fugiu do local do crime após Auriscléia Lima do Nascimento ter sido assassinada na quarta (11). Ele foi visto na manhã desta quinta (12) em uma lanchonete entre as cidades de Xapuri e Capixaba e, posteriormente, fugiu novamente. Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, é suspeito de matar a esposa Auriscléia Lima do Nascimento em Capixaba
Arquivo/Cedida ao g1
🚨 O pastor evangélico Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, suspeito de assassinar a esposa Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, foi visto por volta das 5h desta quinta-feira (12) saindo de uma lanchonete localizada na divisa entre as cidades de Xapuri e Capixaba. Ele segue foragido da Justiça. (Veja mais abaixo como denunciar)
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⚠️O delegado Aldízio Neto, titular da Delegacia de Capixaba, falou ao g1 que recebeu a informação de populares que disseram que o homem, após lanchar no local, fugiu no sentido Xapuri e depois entrou em uma área de mata.
"Nós estamos a procura dele e tentando capturá-lo. Ele foi visto nessa lanchonete, porém no momento como não tinha ninguém [nenhuma polícia por perto] ele conseguiu continuar fugindo, mas me mandaram a informação do avistamento", comentou ele.
Aldízio pediu para que caso aviste o suspeito, ligue para o 190 e informe o local.
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Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, fugiu do local do crime no Acre
Reprodução
Irmão da vítima também foi alvo
Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, foi assassinada a golpes de terçado na Comunidade Campo Alegre, zona rural de Capixaba, no interior do Acre, na manhã da última quarta-feira (11). O principal suspeito é o marido, com quem tinha um relacionamento há cinco anos. Natalino fugiu do local do crime.
Além da mulher, o filho dela, de 5 anos, também foi ferido pelo padrasto. O delegado contou que ela tinha dois filhos de outro relacionamento. Porém, no momento do ataque, apenas a criança ferida estava no local.
Ainda segundo a autoridade policial, o irmão da vítima também foi alvo do homem. O rapaz teria conseguido fugir antes de ser atingido com maior gravidade.
"O cunhado dele tentou salvar a irmã, tentou apartar e ajudar, mas ele [Natalino] foi pra cima dele com o terçado. As terçadas que ele deu pegaram bem superficiais e ele não ficou gravemente ferido, foram ferimentos leves na região do tórax. Na hora que Natalino foi para matar ele dando terçadas com força, ele conseguiu pular para trás e tentou acertar ele [o Natalino] com uma cadeira", expôs ele.
Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, foi assassinada e o marido, Natalino Nascimento, de 50, é o principal suspeito
Arquivo pessoal
Segundo apurado pelo delegado, testemunhas, vizinhos e familiares disseram que nunca tinham observado nada estranho anteriormente. Foi verificado que, aparentemente, a relação deles era tranquila.
"Da casa deles para a da sogra, onde moravam os irmãos e noras, eles presenciaram a discussão somente ontem [11] de manhã, mas nenhum deles imaginava que ele fosse fazer aquilo. Na verdade, parece que não era nem uma discussão. Escutaram eles conversando e depois ele entrou dentro da casa, pegou o terçado e já partiu para cima dela", disse o delegado.
Aldízio explicou que, sobre a igreja onde o homem pastoreava, o espaço funcionava na própria casa onde eles moravam.
"Eles faziam os cultos em casa, era só uma cabanazinha, com banco. Eles estavam iniciando a obra de um templo que ficaria há uns 100 metros, uma igreja grande, só que estava bem no começo da construção, só haviam as paredes levantadas", esclareceu.
Suspeito é envolvido em outros crimes
O delegado informou que o homem já foi sentenciado em um caso de estupro e em um homicídio. Natalino chegou a cumprir parte da pena e progrediu de regime, porém desobedeceu as ordens judiciais. O homem tem 35 anos para cumprir em regime fechado.
"Ele cumpriu alguns anos e foi para o regime semiaberto, porém ele não cumpriu com as obrigações e regrediu de regime, para fechado. Foi expedido um novo mandado de prisão agora em maio e desde então, ele já era considerado foragido", esclareceu.
'Semblante estranho'
Em entrevista exclusiva ao g1, Jorge de Souza, coordenador pedagógico do ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Ariston Ferreira da Cunha, onde Auriscléia estudava, contou que na noite de terça-feira (10), Natalino foi a escola e quase o agrediu por acreditar que teria sido ele a dar uma carona a mulher.
O coordenador informou que o pastor estava com um "semblante estranho", o que fez com que ele suspeitasse que o marido faria algo contra ela.
"Ele retirou-se do local dizendo que pegaria ela. Eu fiquei de plantão na escola, esperando ver se ela aparecia na escola e já tinha feito um plano. Eu botaria [sic.] ela dentro do carro de um dos professores e levaria direto a delegacia, por motivo de segurança para ela, porque eu sabia do que que ele era capaz de fazer. Eu pressenti que ele queria matar ela", falou.
População da cidade acreana divulgou cartaz com a foto do suspeito
Reprodução
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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